Hoje venho falar-vos uma série que vi em dois dias (nem sequer, umas horinhas bastam), por isso nada melhor do que a sugerir para este fim-de-semana. Se ainda não têm planos, aconselho a ficarem no vosso sofá, acompanhadas de umas belas pipocas e bebidas frescas e assistir "Rise".
É uma série musical sobre vários adolescentes, todos diferentes, com vidas separadas, mas que de uma maneira geral se unem a um professor inspirador e destimido para fazer do musical um sucesso. Confesso que nunca fui fã de musicais, consegui ver alguns episódios de Glee, mas nunca me prendeu. Esta série conseguiu a minha atenção, porque é muito mais do que um musical e música e dança e todas essas coisas alegres. Fala da vida, dos problemas, de mudança, de sexualidade, dos equilíbrios e desequilíbrios do dia-a-dia.
Tem apenas 10 episódios e infelizmente não foi renovada para a 2º temporada. Aviso já que fica muito coisa por esclarecer, mas vale a pena assistir até ao fim. Além disso, é uma série baseada em factos reais, com personagens cativantes e temas que precisam de ser abordados com mais atenção nos dias de hoje.
Eu adorei. Só gostava que a NBC voltasse atrás e renovasse a série, mas não sou eu que mando. Vou só dizer-vos que se vão apaixonar pelo Maashous, pelo Simon e pelo Gordy.
Quem vai ao Porto e não visita a Livraria Lello, é o mesmo que ir a Roma e não ver o papa. Digo, com toda a certeza do mundo, que é a livraria mais bonita que alguma vez visitei na vida. Não é que eu já tenha entrado em todas as livrarias deste mundo, mas vai ser difícil superar. Além disso, é nossa, é portuguesa.
Se, tal como eu, vocês são daqueles fãs do Harry Potter, que já leram os livros e viram os filmes todos e até beijavam o chão por onde a J.K.Rowling passasse, aconselho-vos a entraram na Livraria Lello. No entanto, esta livraria não é só emblemática por causa do Harry Potter. Não, não tem mesmo nada a ver. Claro que inspirou a autora, claro que ela se baseou muito nesta livraria. As escadas (foto abaixo), por exemplo, são muito parecidas com as escadas do castelo de Hogwarts. Quando lá entramos conseguimos reparar em muita coisa semelhante. E para um fã do Harry Potter aquilo é maravilhoso. Mas esta livraria já existe desde 1869, está muito ligada (desde sempre) às artes, à literatura e a diversas culturas. Para além disso, conta com várias presenças de autores conhecidos na livraria. Não é só por causa do Harry Potter que ela é conhecida.
Quando lá estive não esperei muito tempo na fila, o dia estava bom e eu estava com paciência. No entanto, quando entrei lá dentro a quantidade de pessoas quase me fez sufocar. É muita gente dentro de um espaço. Aquilo ainda é grande, mas as pessoas conseguem "pintar" toda aquela livraria nos dois pisos. Fica difícil passar nos corredores e subir as escadas. Acho que no futuro devem controlar melhor a entrada das pessoas, prefiro esperar mais tempo na fila e ter espaço para andar e ver tudo como deve ser.
Mas adorei a experiência. Não me arrependo de ter pago 4€ pela entrada, nem de quase ter sido esmagada nos corredores. Foi maravilhoso. Ver aquelas estantes cheias de livros, para todos os gostos e estilos literários. O meu olhar colava-se em cada parede e em cada estante, parece ser tudo tão trabalhado e simples ao mesmo tempo. É difícil explicar, não há palavras.
Onde se compra o bilhete tem um espaço dedicado a Harry Potter, como podem ver nas fotos abaixo. Cheio de funko pops e coisas que só apetece comprar e levar para casa.
Confesso que fui a esta livraria pela minha paixão por Harry Potter e, talvez, se fechasse os olhos poderia imaginar-me em Hogwarts. É realmente mágica. Aconselho!
Até à próxima!
P.S.: O valor do bilhete de entrada pode ser descontado num livro.
Não sei se já alguém ouviu falar do restaurante "Chez Lapin" na Ribeira do Porto, mas tenho-vos a dizer que é uma maravilha. Começa logo pela parte de fora com uma decoração deliciosa e com a esplanada virada para o Rio Douro, que dá um clima tão agradável.
Na parte de dentro tem uma decoração tão bonita, tão genuína, tão caseira. Tem objetos pendurados no teto, como chávenas e pequenas panelas, e nas paredes tem quadros e fotos de todas as pessoas mais emblemáticas que lá passaram. O Cristiano Ronaldo e a família, o Iker Casillas, atores brasileiros e mais uns quantos. Por isso, quando lá forem, mesmo que queiram ficar na esplanada, vão ver a parte de dentro.
(Sei que as imagens não são as melhores, mas acho que dá para perceber)
A comida é excelente, com as porções corretas. Aquele molho no frango que pedi devia ser considerado a 8º maravilha de Portugal. Quero lá voltar para provar o resto do menu, é muito variado. Para mim não foi caro, acho que o preço é razoável, obviamente que não vou lá almoçar todos os dias... assim toda a gente ia à bancarrota.
Uma das coisas que mais me chamou à atenção foram os funcionários, todos de origens diferentes. Sei que um era brasileiro e os outros deviam ser todos de partes diferentes. Com sotaques tão engraçados e com uma simpatia incrível.
Quero mesmo repetir a experiência. Por isso, já sabem, se forem ao Porto passem por lá.
Tenho de começar este post a falar-vos sobre o outfit que eu levaria a uma gala dos Óscares, e estou completamente rendida a estes dois das fotos abaixo. A indecisão tomou conta de mim. Qual é que vocês escolhiam para uma gala como esta?
Primeiro, ver os Óscares na companhia da SIC foi o pior que eu podia ter feito. Comentários desnecessários a noite inteira... Eu ainda percebo inglês, está bem amigos?
Segundo: Frances McDormand ganhou? Gary Oldman ganhou? Sem surpresas para mim. Os dois fizeram papéis maravilhosos, foi muito merecido.
Por último, esperei a noite toda para ver o "The Shape of Water" levar o óscar de melhor filme? Mas está tudo doido? Bateram com a cabeça nos três cartazes e ficaram todos malucos? Não percebo esta gente que decide isto. Não consegui achar piada nenhuma ao filme. Nem ao figurino, nem à história, nem a nada de nada. Peço imensa desculpa se estou a dizer uma barbaridade e se eu não percebo nada disto, mas não gostei. Não gostei, pronto.
E vocês também acham que trocaram os envelopes quando anunciaram a categoria de melhor filme?
Vou fazer um resumo da final de ontem do meu ponto de vista.
- Volta Diogo Piçarra.
- Também podíamos acusar o compositor Jorge Palma de plagiar o cantor Jorge Palma.
- A música inglesa até é gira e audível, mas não vamos levar isso à Eurovisão quando ganhamos com uma música em português, até parece mal.
- Ir cantar com um fato em latejoulas não é uma boa opção.
- Volta Diogo Piçarra.
- Se for para desafinar, mais vale não ir.
- O português tem sempre de referir futebol seja onde for. E nada melhor do que uma gala do Festival da Canção para falar sobre o campeonato português, não é apresentador (Pedro Fernandes)???
- Uma das intérpretes levou uns brincos com o coração de Viana. Muito bem!!
- Patati Patata dá um bom nome para um programa do Panga Biggs. Um caso a pensar.
- Volta Diogo Piçarra.
- A música "sem título" uma pessoa quase que pensa que é sobre o Sporting, mas não. É linda que se farta.
- A Anabela lá continuou com o anel. Aquilo está colado ao dedo, quase de certeza.
- Algumas músicas são claramente candidatas a pertencer à banda sonora da próxima novela da TVI.
- Volta Diogo Piçarra.
- Era um palco tão grande, acho que fazia falta um homem em tronco nu a tocar bombo, com plumas e brilhos e uma letra composta pelo Emanuel. A confusão habitual. Mas não aconteceu nada disso este ano.
E no fim lá ganhou "O Jardim" que, na minha opinião, vai representar muito bem Portugal. Parabéns, Cláudia e Isaura!
E vocês, o que acharam desta final e da música escolhida para nos representar? Contem tudo!!
A Igreja Universal do Reino de Deus está em altas este ano cá em Portugal. Olhem que realmente há coincidências do diabo, não sei se estas são as palavras certas, mas vou escrevê-las na mesma. Então não é que o Diogo Piçarra está a ser acusado de plagiar uma música da IURD? Escandaleira! E não é que isso levou à desistência dele? Muita gente acha que ele meteu o rabinho entre as pernas e pôs-se a andar. Eu acho que ele já não tem paciência para este tipo de joguinhos e muito menos para alimentar discussões sem pés nem cabeça. E, desculpem lá a expressão, mas mandou esta gente toda abaixo de Braga. E às vezes sabe mesmo bem mandar as pessoas abaixo de Braga, é libertante.
Mas, vocês acham mesmo que, alguém é assim tão burro ao ponto de ir ao festival da canção com uma música plagiada? Num programa onde a visibilidade é tão grande, a nível nacional e internacional? Além disso, agora já somos todos amiguinhos da IURD? Os senhores justos e honestos que todos conhecemos? Poupem-me a minha paciência.
Triste é ver que são os próprios portugueses que vão à procura de "plágios", isso sim é uma vergonha. Só quem não escreve, compõe, pinta, desenha e por aí fora, não entende que estas coisas podem acontecer. Se é injusto? Claro que sim. A vida não é justa. E compreendo que seja uma falta de respeito criar uma coisa que "supostamente" já existe, mas num universo de milhões de músicas e textos e letras e tudo mais, vai haver sempre alguém que escreveu ou que compôs alguma coisa muito parecida. Eu já me inspirei em dezenas de pessoas, já criei coisas muito semelhantes a outras pessoas. Porque todos somos humanos e todos temos inspirações. Todos temos aquela pessoa que levamos como exemplo para algum desafio da nossa vida. No meu caso, eu adoro "A Pipoca Mais Doce". O meu sonho é ser ela e receber coisas em casa e transitar para o youtube e fazer a rubrica "Cenas várias que me aparecem cá em casa". E, apesar de não ser uma blogger de moda, beleza e lifestyle, nem coisa parecida, gosto de a seguir e gosto do que ela faz.
Eu escrevo e já vi muitas frases, em diferentes plataformas digitais, iguais ou semelhantes às minhas. E eu não sou nenhum Diogo Piçarra, nem tenho um terço da visibilidade que ele tem, mas posso dizer que já me plagiaram? Porque quando criamos algo, nunca saberemos, se no universo da criação, não haverá alguém que pensou, que idealizou ou que sonhou exatamente o mesmo. Porque é possível.
Não sou fã incondicional do Diogo. Não o sigo em todas as redes sociais. Nem sei o que ele faz nos tempos livres. Conheço duas ou três músicas e nunca sequer fui a um concerto dele. Mas acho uma falta de respeito o que estão a fazer. Quando os portugueses têm uma coisa boa, fazem sempre questão de a estragar.
Lamento muito esta desistência.
E obviamente que não íamos ganhar o festival outra vez (ninguém pensa isso), mas tínhamos uma grande hipótese de com esta canção ficar no TOP5. Pronto, deixem lá, pelo menos vamos ganhar o mundial.
E acabo com esta frase muito humoristíca para quebrar o gelo, que já não me lembro quem é o autor, mas meti aspas, não quero ser acusada de nada: "Sendo uma canção da IURD, talvez não seja plágio....Pode ter sido 'adaptada' sem o consentimento dos 'pais'."
Tendo ganho muito recentemente o Globo de Ouro de melhor filme dramático, "Three Billboards Outside Ebbing, Missouri" (Três Cartazes à Beira da Estrada, em português), é muito fácil para mim perceber o porquê deste filme ter vencido depois de o ter assistido. E que grande filme!
É um drama, mas com a sua vertente divertida, que faz com que o coração se envolva a cada minuto pelo enredo - que é sobre uma mulher (Mildred Haynes) que procura obter justiça pela violação e assassinato da sua filha. A protagonista aluga durante um ano três outdoors, para colocar três cartazes com mensagens que acusam o xerife da cidade de não encontrar o assassino da sua filha. Ao longo do filme acontecem uma série de coisas que fazem com que os habitantes e os polícias de Ebbing, Missouri se virem conta a protagonista. E já agora "Ebbing" não existe, eu sei isto, porque eu pesquisei no Google Maps e se o Google diz que alguma coisa não existe é porque não existe ok?
Como não estou a conseguir meter aqui no post o vídeo com trailer, aqui fica ele.
Sem querer dar spoilers a quem não viu o filme, posso dizer que é extremamente imprevisível. A certo ponto começamos a pensar que as coisas estão no rumo certo, mas no minuto a seguir tudo muda. E à medida em que o filme se vai desenvolvendo a pressão a que os personagens estão sujeitos é tão grande, que dá lugar a uma raiva insuportável e fica impossível lidar com tanta tragédia e sofrimento. O filme passa por uma montanha-russa de emoções. Num segundo estamos a rir às gargalhadas com um diálogo hilariante entre as personagens, e no outro segundo é como se tivéssemos levado um murro no estômago. São poucos os filmes que conseguem equilibrar o humor com a tragédia, mas o diretor e escritor Martin McDonagh soube fazê-lo muito bem.
A protagonista Frances McDormand (que atua como Mildred Haynes) fez um brilharete e espero mesmo que lhe seja dado um Óscar. Interpretou cada aspeto de humor negro, cada fala de cinismo e sarcasmo com uma performance incrível. E, acima de tudo, conseguiu mostrar que nunca ninguém vai entender a dor pela qual ela passou - a dor de perder um filho da forma que perdeu.
Também gostei muito da prestação do Sam Rockwell que interpreta o polícia Dixon, que é uma pessoa pouco paciente, muito nervosa e um tanto impossível ao longo de todo o filme. No entanto, na parte final vemos um Dixon mais calmo, mais maduro e preocupado não só consigo mesmo, mas com os outros.
O meu querido Woody Harrelson, que interpreta muito bem o chefe da polícia da cidade (personagem Bill Willoughby) também merece o meu destaque.
A frase que não me sai da cabeça: "This didn't put an end to shit, you fucking retard; this is just the fucking start. Why don't you put that on your Good Morning Missouri fucking wake up brodcast, bitch?" Mildred para a jornalista.
Three Billboard Outside Ebbing, Missouri é, para mim, um dos melhores filmes do ano. Com um final que não nos dá todas as respostas, mas consegue dar as suficientes para aprender alguma coisa. Por isso é que gostei tanto!
Confesso que ainda não vi nem metade dos filmes promissores deste ano, ainda me falta "The Shape of Water", "The Disaster Artist" e "The Greatest Showman", mas este é o meu favorito até agora e acho que vai ser difícil superar. E por isso, espero que os Óscares premeiem esta obra prima.
E vocês? Qual o vosso filme favorito deste ano? Também já vi "Lady Bird" e "Call Me By Your Name" e adorei!
Ainda vamos no dia nove de 2018 e isto já está tudo de pernas para o ar. Este ano começou de uma forma tão efusiva, que uma pessoa ainda não conseguiu tirar 15 minutos para pensar em tudo o que já aconteceu.
Primeiro tivemos o Logan Paul que deve ter parado de tomar a medicação que o psiquiatra dele receitou e brindou-nos com um vídeo de um suicídio. É sempre bom chegar a casa e ter uma notificação do youtube sobre uma pessoa que se enforcou. Mas vamos lá ter calma com as ameaças de morte ao rapaz e mais não sei o quê, ele errou, mas não é o Hitler.
Ainda não tinha passado a tempestade com o youtuber e fomos logo atropelados pelos "Golden Globes". Este ano com uma ideia muito gira - o movimento "Times Up" - um protesto contra o assédio sexual e a desigualdade de géneros. Toda a gente era convidada a vestir-se de preto e a usar os crachás do movimento. Foi tudo maravilhoso, no entanto não achei piada nenhuma os meus meninos de Stranger Things e a série The Crown não terem ganho absolutamente nada.
E depois, exatamente no mesmo dia, vem a polémica do racismo por parte da H&M e ficamos a saber que vão ser quatro mulheres a apresentar a Eurovisão. O escândalo! Quatro apresentadoras femininas a orientar a Eurovisão? Eu, sinceramente, não consigo perceber a vossa indignação quanto a este assunto. Mas qual é o mal? Se fosse dois homens e duas mulheres já era considerado normal? Por favor. As pessoas precisam sempre de arranjar problemas, mesmo quando eles não existem. Mas eu também acho mal. Por mim era pôr a apresentar a Eurovisão o "Macaco Adriano". Ou então o Fernando Mendes... estão a imaginar ele a dizer "E.QUAL.É.O.VENCEDOR.DESTE.ANO.É.....?". Ia ser maravilhoso. Quanto ao assunto da H&M eu percebo que seja polémico, mas sinceramente não acredito que tenha sido propositado. Muita gente está a dizer que foi uma manobra de marketing para a marca ser mais falada. Para mim é uma camisola qualquer a ser usada por um modelo qualquer. Acho que as associações e os comentários das pessoas é que estão a ser racistas. Convido-vos a gostar mais uns dos outros e a irritarem-se menos, está bem?
E ainda existiam mais alguns assuntos a ser comentados, mas não vale a pena. Uma pessoa já se chateia tanto com os problemas da vida, ainda querem chegar a casa e chatearem-se com os problemas dos outros? Vamos lá ter calma. A vida são dois dias, um deles já foi desperdiçado com todos estes "escândalos".
Quando uma pessoa racional ouve as palavras "black friday" e "descontos" o coração começa a bater mil vezes por segundo, sente a adrenalina a correr nas veias e todos os problemas parece que se resolvem. As únicas questões que querem ver respondidas é "onde? quando? como?", que é para saberem onde é, quando é e como vão. É engraçado a forma como as pessoas lidam com este tipo de eventos, porque acham que vão encontrar coisas absurdamente baratas, quando na verdade meia dúzia de produtos realmente valem a pena e o resto podem comprar pelo mesmo preço ou ainda mais barato noutras épocas do ano.
Eu também sou assim, confesso! Quando ouço "saldos" vou logo a correr, digo para mim mesma que vou entrar só para ver e saio de lá com vinte sacos. É inevitável. Todo o ser humano tem estas fraquezas. Nós temos de acreditar em alguma coisa. Mesmo quando sabemos que a "black friday" não existe, mas acreditamos nela porque é uma desculpa para o nosso consumismo. É perfeitamente normal.
Para quem não sabe a "black friday" nasceu nos Estados Unidos e realiza-se na última sexta-feira de novembro, logo após o feriado de Ação de Graças (isto nos EUA). As lojas fazem "altas" promoções e as pessoas fazem filas nas portas e ficam durante horas à espera que uma loja abra só para comprar um produto que está à venda todo o ano. Eu não sei como é que funcionam esses descontos nos EUA, mas dizem que é uma coisa louca. Confesso que há uns tempos um dos meus hobbies preferidos era ir para o youtube ver vídeos de pessoas nestes eventos. Passei momentos hilariantes, chorei de rir. Pessoas a andarem à bofetada por um microondas, pessoas a arrancarem cabelos por um conjunto de chávenas. Muito bom. Obviamente que estou a exagerar, ainda assim tem a sua piada.
Aqui em Portugal é um bocadinho diferente. Nunca vi ninguém a lutar por um candeeiro ou outra coisa qualquer. Mas como o natal é já no próximo mês, as pessoas começam a pensar na vida e no dinheiro que vão gastar em presentes e olham para a "black friday" como uma boa oportunidade de poupar. Não vai acontecer, mas as pessoas gostam de acreditar nisso. E eu também.
Gostava de saber porque é que eu não sou daquelas pessoas saudáveis que se levantam às 6h30 da manhã e vão correr? Como é que a minha cama é tão confortável que eu fico sem forças para a abandonar? Confesso que acredito que as pessoas que se levantam de madrugada para ir correr dormem em camas com pregos a bater-lhes nas costas, por isso é que se levantam muito cedo. Se tivessem uma cama como a minha era impossível levantarem-se de manhã, cheias de energia e fazer um batido com 40 peças de fruta diferentes.
Eu de manhã só acordo com bom humor se me levantar depois das 10h ou das 11h, às vezes depois do meio-dia, depende muito dos dias e da minha disposição. E também não consigo comer nada nutritivo antes das 10 da manhã, isso para mim também é uma coisa de aliens. Comerem às 7h30 quatro torradas, acompanhadas com leite e cereais, mais um sumo de laranja e uma melancia não cabe na cabeça de ninguém. Vocês não podem ser deste mundo. Primeiro de tudo, eu não confio em ninguém que tenha bom humor matinal. Segundo, ninguém acorda assim com tanta fome e energia capaz de preparar um pequeno almoço gigante, a menos que estejam num hotel (porque lá até levamos croissants no bolsos das calças, se for preciso) ou que tenham uma empregada que vos prepare uma grande mesa de pequeno-almoço com tudo incluído. Caso contrário, não vejo razões para vocês fazerem isso.
E depois também existe aquele tipo de pessoa irritante que a função dele ao longo do dia é gabar-se. "Ai eu hoje corri durante duas horas, eu sou uma pessoa saudável e com energia para dar e vender, tu devias começar a correr também, um dia tens de vir comigo e mimimi". E vocês ficam com aquela cara de parvos porque pararam de ouvir no "duas horas" e perguntam-se como é que o gajo corre durante tanto tempo e vocês andam quinze minutos a pé e estão quase mortos. Eu não percebo estas pessoas. Se eu quero ser sedentária, deixem-me ser. Eu não preciso de vos ouvir durante meia hora a falar de como vocês vivem a vida ao limite. Eu também vivo a minha vida ao limite, eu fico até ao limite no meu sofá a ver aquela série que já queria ver há muito tempo e finalmente consegui assistir aos episódios todos - e não é Game of Thrones, esse assunto fica para outro dia.
Mas eu admiro-vos, juro. Acho que vou começar a correr esta semana. A ver se o meu humor muda, se a minha energia muda e se consigo ter uma empregada que me faça o pequeno-almoço a que eu tenho direito.
publicado às 15:19
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Chamo-me Daniela. Pertenço ao grupo das pessoas que não gostam do primeiro nome. Tenho 24 anos.
Ainda não sou casada e não tenho filhos. Gostava de dizer que tenho três ou quatro discos de platina, mas não gosto de mentir.
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