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Seja onde e quando for

Um blog pessoal de uma tetracampeã, mas que não é só sobre desporto. Convido-vos a ler.

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Os meus destaques de 2017

Este ano de 2017 não foi nada mau... pelo menos para mim!

Como todas as histórias convém começar pelo início. Era uma vez Janeiro, em que o pessoal ainda estava ressacado porque tínhamos ganho o Euro 2016 e como não chega festejar cinco meses, ainda se prolongou durante este ano inteiro e vai prolongar-se até o Europeu de 2020, porque só deixamos de ser os "atuais campeões da Europa" aí. Foi um mês frio, com chuva, de pouca comida como todos os "janeiros", visto que uma pessoa ainda está a recuperar dos 20kg que ganhou no Natal e na passagem de ano.

Depois, veio Fevereiro em que começaram as temperaturas de 30º para cima. É verdade, uma pessoa quase que morreu porque tivemos calor de Fevereiro a Novembro, foi uma coisa louca este ano. Quem precisa de ir para o Brasil afinal? Nós já somos um país tropical que chegue. Eu não saí de Portugal este ano, mas é como se tivesse saído. Com a quantidade de temperaturas altas que apanhei, e não estive com gripe, acho que fui ao Rio de Janeiro e voltei (só não tenho é fotos no instagram para comprovar).

Chegou Março, com a sua habitual boa energia, bom humor, saúde e todas essas coisas boas. Vejo Março como um mês sorridente e boa onda. Chega a Primavera também. Para mim foi um mês de trabalho. Para além de estudar, voltei ao meu emprego de 2016. Foi bom. É sempre bom quando ainda vivemos em casa dos nossos pais, arranjar o nosso próprio trabalho, porque isso faz com que nos tornemos mais independentes: podemos comprar alguma coisa para nós sem que nos sintamos mal, uma vez que, os nossos pais já nos pagam a faculdade e não convém pedir uma tonelada de roupa nova. Eu, pelo menos, não gosto. Infelizmente não tenho pais ricos, mas felizmente tenho os melhores pais do mundo que nunca me faltaram com nada.

A seguir Abril, sem águas mil, resultado de muito calor. Mais trabalho para mim, felizmente. Muito estudo também. Tive um último ano de faculdade com poucos exames, mas com muitos trabalhos práticos. Foi um último semestre duro, sem tranquilidade, mas que me deu um gozo enorme, porque consegui pôr em prática grande parte das coisas que tinha aprendido ao longo dos últimos anos na universidade.

E depois veio Maio. Mais concretamente o 13 de Maio. Aconteceu tudo no dia 13 de Maio. O meu Benfica foi tetracampeão. Ganhámos a Eurovisão pela primeira vez na nossa história. E eu ainda me tornei finalista. Só acabei o curso em Outubro, mas a minha cerimónia de finalistas foi em Maio, no dia em que o Benfica foi campeão, no dia em que o Salvador venceu a Eurovisão e no dia em que o Papa Francisco veio a Portugal também. Este dia tinha tudo para correr bem. E correu! Nunca na minha vida tinha assistido a uma festa de finalistas e foi tudo o que sempre sonhei. Foi um dos melhores dias do ano para mim. 13 de Maio ficou na história, sem dúvida.

Junho é o meu mês. Nasci no dia 4 de Junho de 1994. Fiz 23 este ano. 23 é uma idade bonita para mim. Eu não sou uma daquelas pessoas que gosta de comemorar os seus aniversários. Só gosto de fazer anos por uma razão muito simples: quer dizer que ainda cá estou e ainda não estou debaixo da terra. O que é positivo. Mas não gosto de comemorar. Odeio que me cantem os parabéns, nunca sei o que fazer. E dizerem "Parabéns" e eu digo "Obrigada". Wow, que incrível. Também tinha planeado para este mês andar, pela primeira vez, a cavalo. Não aconteceu. Não porque não quis, mas porque não tinha vaga. Esse assunto fica para 2018 afinal. No fim deste mês deixei o meu emprego e parti numa nova aventura.

Em Julho comecei o meu estágio curricular num dos melhores jornais desportivos para mim: OJOGO, na sede do Porto. Não foi fácil, aliás o primeiro dia foi de muito nervosismo, porque pela primeira vez estava a viver uma experiência de trabalhar na área em que estudei. Passamos três anos na universidade a praticar aquilo que devíamos saber para o mundo de trabalho, mas o que acontece na realidade é que não estamos preparados. Quando chegamos a esta nova realidade é tudo tão diferente e o que pensamos que aprendemos não serve para quase nada. No entanto, com o passar do tempo comecei a sentir-me mais integrada, comecei a sentir que estava no meu lugar e estava a gostar daquilo que fazia. Estive no jornal durante três meses, portanto os meses de Agosto e Setembro também foram passados a trabalhar como jornalista estagiária. No entanto, em Agosto consegui uns dias de férias e fui viajar para fora cá dentro. Vila Praia de Âncora foi o destino escolhido. Muita praia, muito sol, mar, férias. Descansar é sempre bom. Todas as pessoas deviam tirar uns dias de férias para descansar, para não fazer absolutamente nada, não pensar em problemas e usufruir da merecida pausa.

Outubro foi um mês muito especial para mim. Acabei a minha licenciatura. No dia 18 de Outubro (depois de ter feito um estágio curricular que contava para terminar o curso) consegui acabar uma etapa que ficará, sem dúvida alguma, marcada na minha vida. Um dos meus objetivos pessoais está cumprido e só tenho a agradecer a toda a gente que fez parte destes três anos maravilhosos, em especial aos meus pais. Só por isto este ano já valeu a pena.

Novembro trouxe com ele o frio e os dias mais cinzentos. Conseguimos sentir frio por incrível que parece. Eu já não me lembrava do que era estar menos de 30º. Novembro é aquele mês em que uma pessoa só quer Dezembro que é para chegar o Natal e despachar o ano mais rápido. Foi um mês engraçado, só não aconteceu nada de especial.

E, por fim, chega Dezembro. Um mês em que a magia do Natal paira no ar e as pessoas tornam-se automaticamente mais felizes. É um dos meus meses preferidos devido ao Natal. Este ano tornou-se um bocadinho mais triste por causa dos casos "Raríssimas" e "Segredo dos Deus". Nunca dei a minha opinião aqui no blog sobre isso, mas tenho acompanhado e lamento tudo isto. Acho que às vezes existem realidades que passam ao lado de algumas pessoas, que vivem no seu mundinho e só se preocupam com as suas coisas. E são estas duras realidades que nos fazem abrir os olhos e que nos fazem pensar "como é que isto é possível acontecer? porque é que nunca ninguém faz nada?". Quero dar os parabéns à TVI pelo excelente trabalho.

 

Preciso ainda de destacar alguns extras portugueses que preparei:

Figura do Ano: Marcelo Rebelo de Sousa

Todos os dias temos episódios novos da série do Marcelo. Este homem está em todo o lado. Para mim já chega a ser um exagero, mas é só a minha opinião.

Música do Ano: "A Vida Toda" da Carolina Deslandes

Adoro esta música, já falei dela aqui no blog. No entanto, também tenho de destacar a música com que vencemos a Eurovisão, "Amar pelos dois", do Salvador Sobral.

Programa do Ano: Apanha se Puderes

Muita gente não gosta, mas temos de admitir que a maior parte das pessoas vê este programa antes dos jornais da noite. Para mim foi uma lufada de ar fresco na televisão portuguesa. O Pedro Teixeira é um querido, sofre com os concorrentes e a Cristina apesar de aquele "ESTÁ CERTO" exagerado, é maravilhosa.

 

(Sim, escrevi os meses com letras grandes. Já sei que com o novo acordo ortográfio isto muda, mas vejam os meses como personagens.)

 

Até para o ano! E bom 2018!

 

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Sugestões de filmes

Hoje vim falar de três filmes que saíram em 2017 e que foram, sem dúvida alguma, uma surpresa para mim. Escolhi estes três porque são perfeitos para esta altura do ano. São filmes muito fáceis de compreender, com humor e música à mistura e com histórias muito bonitas.

 

A primeira sugestão é o "Beauty and the Beast".

Mas qual é a criança que não se lembra do filme animado a Bela e o Monstro??? Isso fez parte da minha infância, gerações e gerações sonhavam ser a Bela e encontrar o seu monstro. Eu sonhava com isso e era muito feliz. Este ano estreou uma nova versão, com a Emma Watson - que é linda de morrer e é a nossa eterna Hermione do Harry Potter - e fez um papel brilhante na minha opinião. Aconselho toda a gente a ver este filme. Além disso, é muito bom para entreter miúdos e graúdos no dia de Natal.

 

A segunda sugestão é "The Space Between Us".

É um romance muito soft, com a diferença de que um dos protagonistas é do planeta Terra e o outro é de Marte. Eu gosto muito de filmes que envolvam o espaço e que nos mostre que não importa em que parte do universo estamos, temos sempre alguma coisa em comum. E este filme apesar de não ser 100% realista, mostra isso. Mostra que tudo é possível e que com as pessoas certas somos mais felizes. Não vou adiantar muito mais, mas o protagonista que se chama Gardner, durante o filme faz uma pergunta muito curiosa a todas as pessoas que vai conhecendo: "O que mais gostas na terra?". Eu sinceramente não sei o que responderia. Aconselho-vos a pensar sobre isso.

 

E a terceira e última sugestão é "A Dog's Purpose".

Acho que destes três filmes que estou a sugerir neste post, este foi o que eu gostei mais. Mas eu sou suspeita, tudo o que envolva cães desde "Marley and Me" até "Hachiko: A Dog's Story" eu passo-me e deito uma lagrimita sempre. E este também não foi exceção. A história é contada a partir do ponto de vista de um cão e nós vamos acompanhando ao longo do filme os seus pensamentos, as suas histórias, a sua vida no geral (as suas vidas, neste caso). E enquanto a história se desenvolve o cão vai respondendo a várias questões como "Porque é que estamos aqui?" ou "Qual o propósito da vida?" e esse tipo de coisas. É um filme muito bom, com partes hilariantes e maravilhoso para ver nesta época do Natal.

 

Espero que gostem das minhas sugestões! Espero pelas vossas.

Bom domingo!

Crónicas de uma leitora | The Hate U Give

Um dos melhores livros que li em 2017 foi, sem dúvida alguma, o The Hate U Give, em português "O Ódio que Semeias". E tinha de falar um bocadinho dele no blog.

Adorei cada minuto que passei ao ler este livro. Se eu demorei dois dias a ler este livro foi muito. Devorei cada frase e cada palavra como se a minha vida dependesse disso. Sabem aqueles livros que são tão bons, que precisamos de convencer toda a gente a ler também? Este é um desses exemplos.

É o livro de estreia da escritora Angie Thomas e enganam-se as pessoas que acham que este livro é o cliché romance-drama adolescente. Também se enganam as pessoas que acham que vão verter uma lágrima com este livro (não são só os livros que nos fazem chorar que são bons). E este não nos faz chorar, mas faz-nos pensar... e muito! É baseado no movimento "Black Lives Matter", que denuncia a violência policial contra os jovens de origem negra dos EUA.

"The Hate U Give" fez-me perceber como eu não fazia ideia sobre o dia-a-dia das pessoas que são vítimas do racismo sistemático nos Estados Unidos. Uma realidade que me passava completamente ao lado. Pessoas inocentes são vítimas deste sistema todos os dias. Um miúdo é baleado horas antes de acabar o secundário porque ele estava com uma caneta na mão, uma rapariga entra num carro e três dias depois é morta na cadeia, uma criança de cinco anos vê a mãe ser morta e as histórias continuam. É uma realidade em que a justiça não entra e os polícias matarem jovens negros sem qualquer tipo de punição é normal. But guess what? Isso não é normal!!

Deixem-me dizer que eu realmente não sei o que é ser uma jovem negra nos EUA, mas tenho 20 e poucos anos de vida e consigo perceber que estar nas minorias é como estar preso atrás de uma parede de vidro e sempre que vemos uma injustiça a acontecer, podemos até gritar, mas ninguém realmente nos vê ou nos ouve. Nós estamos nos século XXI. Os EUA já elegeram um presidente negro, a humanidade precisa de arranjar uma maneira de mandar dar uma volta ao "racismo". Mas a verdade, é que ele realmente existe. E ninguém devia debater sobre se as pessoas de origem negra deviam ou não ter direitos humanos básicos. E ninguém devia ser o porta-voz de um grupo inteiro. E ninguém devia ter que defender a sua humanidade em cada passo que dá, repetidamente e constantemente.

E se algum de vocês leram este livro ou qualquer um que aborde o racismo e escolheram ignorar a mensagem só porque se ofenderam com alguns termos usados pelos personagens, eu acho que vocês falharam na interpretação do ponto principal da história. Porque, provavelmente, vocês nunca vão ter de se preocupar que um polícia vos veja como uma ameaça por causa da vossa cor de pele. 

Para terminar, quero apenas referir que é um livro sobre racismo sim, mas também sobre família, amizade, lealdade e como é frequente uma comunidade inteira unir-se para salvar alguém. Obrigada por esta preciosidade, Angie Thomas!

A frase que retiro deste livro: "A hairbrush is not a gun". Se vocês lerem, vão perceber o porquê.

Convencidos?

Mais sobre mim

Chamo-me Daniela. Pertenço ao grupo das pessoas que não gostam do primeiro nome. Tenho 24 anos.

Ainda não sou casada e não tenho filhos. Gostava de dizer que tenho três ou quatro discos de platina, mas não gosto de mentir.

Esta sou eu e este é o meu blog.

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